Tutto mi prende la terra che mi possiede:
Il fiume d’improvviso adolescente,
La luce incespicando negli angoli,
Le sabbie ove arsi impaziente.
Tutto mi prende del medesimo triste amore
Nel sapere che la vita dura poco,
E in essa pongo la speranza e il calore
Di quanta tenerezza rimane tra le dita.
Nel sapere che la vita dura poco,
E in essa pongo la speranza e il calore
Di quanta tenerezza rimane tra le dita.
Dicono che vi sono altri cieli e altre lune
E altri occhi densi di allegria,
Ma io appartengo a queste case, a queste vie,
A questo amore grondante melanconia.
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Tudo me prende à terra onde me dei:
E altri occhi densi di allegria,
Ma io appartengo a queste case, a queste vie,
A questo amore grondante melanconia.
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Tudo me prende à terra onde me dei:
O rio subitamente adolescente,
A luz tropeçando nas esquinas,
As areias onde ardi impaciente.
Tudo me prende do mesmo triste amor
A luz tropeçando nas esquinas,
As areias onde ardi impaciente.
Tudo me prende do mesmo triste amor
Que há em saber que a vida pouco dura,
E nela ponho a esperança e o calor
De uns dedos com restos de ternura.
E nela ponho a esperança e o calor
De uns dedos com restos de ternura.
Dizem que há outros céus e outras luas
E outros olhos densos de alegria,
Mas eu sou destas casas, destas ruas,
Deste amor a escorrer melancolia.
(Eugénio de Andrade)
E outros olhos densos de alegria,
Mas eu sou destas casas, destas ruas,
Deste amor a escorrer melancolia.
(Eugénio de Andrade)
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